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domingo, 2 de janeiro de 2011

Guerra Fria

A Guerra Fria estabeleceu um clima tenso entre as grandes potências do pós-Segunda Guerra.

Aos términos da Segunda Guerra Mundial, os países aliados se reuniram na Conferência de Yalta para discutirem a organização do cenário político e econômico do pós-guerra. Nesse encontro Estados Unidos da América e União Soviética já se destacaram como as maiores potências mundiais. Contudo, as profundas distinções ideológicas, políticas e econômicas dessas nações criaram um clima de visível rivalidade.

Muito preocupada com o avanço da influência do socialismo soviético, os norte-americanos procuraram se aliar politicamente a algumas nações da região balcânica. Ao mesmo tempo em que, os soviéticos criaram um “cordão de isolamento” político que impediria o avanço da ideologia capitalista pelo restante da Europa Oriental. Essa seria apenas as primeiras atitudes que marcariam as tensões ligadas ao desenvolvimento da chamada “Guerra Fria”.

Esse confronto entre socialistas e capitalistas ganhou esse nome porque não existiu nenhum confronto direto envolvendo Estados Unidos e União Soviética. Nessa época, a possibilidade de confronto entre essas duas nações causava temor em diversos membros da comunidade internacional. Já que, após a invenção das armas de destruição em massa, a projeção de uma Terceira Guerra Mundial era naturalmente marcada por expectativas desastrosas.

Em gera, percebemos que os episódios ligados à Guerra Fria estiveram cercados por diferentes demonstrações de poder que visavam indicar a supremacia do mundo capitalista sobre o socialista, ou vice-versa. Um primeiro episódio de tal natureza aconteceu com o lançamento das bombas atômicas em território japonês. Através do uso dessa tecnologia, o mundo capitalista-ocidental visava quebrar a totalmente hegemonia socialista no Oriente.

Providencialmente, logo em seguida, os soviéticos bloquearam a cidade de Berlim em reação contra a tentativa de garantir a hegemonia política capitalista na região. Como resultado desse confronto, o território alemão foi dividido em dois Estados: a República Federal da Alemanha, de orientação capitalista; e a República Democrática Alemã, dominada pelos socialistas. Nessa mesma região seria construído o Muro de Berlim, o maior símbolo da ordem bipolar estabelecida pela Guerra Fria.

Procurando garantir oficialmente o apoio de um amplo conjunto de nações, os Estados Unidos anunciaram formulação do Plano Marshall, que concedia fundos às nações capitalistas, e logo depois, a criação da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Por meio dessa última organização militar, os capitalistas definiram claramente quais países apoiariam os EUA em uma possível guerra contra o aumento das forças socialistas.

Sem receio, a URSS também conclamou os países influenciados pela esfera socialista a assinarem o Pacto de Varsóvia, criado em 1955. Tendo pretensões muito semelhantes à OTAN, e essa união congregava União Soviética, Albânia, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e a República Democrática Alemã. Um pouco antes, respondendo às bombas de Hiroshima e Nagasaki, os soviéticos ainda promoveram testes nucleares no Deserto do Cazaquistão, mostrando que não estavam pra trás.

Essa seria somente uma pequena amostra da truculenta corrida armamentista que se desenhou entre os capitalistas e socialistas. Como se não bastassem tais ações, a Guerra Fria também esteve profundamente marcada pelo envolvimento de exércitos socialistas e capitalistas em guerras civis, onde a hegemonia política e ideológica desses dois modelos também era pauta.

Apenas nos fins da década de 1980, quando a União Soviética começou a dar os primeiros sinais de seu colapso econômico e político, foi que essa tensão bipolar veio a se enfraquecer. Antes disso, conforme muito bem salientou o historiador Eric Hobsbawm, milhares de trabalhadores, burocratas, engenheiros, fornecedores e intelectuais, tomaram ações diversas em torno da ameaça de uma desastrosa guerra.

Fonte(s) de consulta: Brasil Escola

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