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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Algumas Drogas e seus efeitos

INALANTES:

É a famosa cola de sapateiro, dos meninos de rua. Produz sensação de euforia e excitação, pertubaçãoes auditivas, visuais e até alucinações. A aspiração repetida do solvente pode resultar na destruição de neurônios, provocando perda de reflexos, dificuldade de concentração e déficit de memória.
A maioria dos inalantes deprime o sistema nervoso central (SNC) com efeitos agudos muito semelhantes aos do álcool. Na verdade, muitos usuários de inalantes usam simultaneamente outras drogas, especialmente o álcool. Os efeitos sedativos combinados aos do álcool podem causar morte súbita.
Os sintomas agudos do abuso de inalantes começam com a desibinoção, que pode surgir com a excitação, seguida de falta de coordenação, vertigem, desorientação e, então, fraqueza muscular, às vezes alucinações e certamente coma e morte. A morte pode ocorrer cedo e rápido com o abuso de alguns inalantes que causam distúrbios no ritmo cardíaco. Isto é chamado de síndrome da morte súbita por inalação (SSD). Os efeitos no coração são mais prováveis se os níveis de adrenalina forem aumentados através de corrida, excitação ou medo, por exemplo. Os fluocarbonos disponíveis hoje em dia, principalmente em extintores de incêndio e certos gases anestésicos, são os principais agentes causadores da SSD. Pode ocorrer morte por asfixia se o inalante for aspirado de um recipiente fechado. O vapor dos inalantes toma o lugar do oxigênio no recipiente e nos pulmões. A falta de oxigênio não é detectada pelo cérebro durante a intoxicação devido aos crescentes efeitos sedativos do inalante. No caso de sobrevivência do usuário, podem ocorrer danos cerebrais permanentes.
Nitritos, como o amil nitrito são exceções entre os inalantes porque eles não deprimem o sistema nervoso central. Eles relaxam os vasos sanguíneos e baixam a pressão sanguínea, causando leves torturas e vertigens, que podem ser sentidas como um "barato" por alguns, mas a principal razão para o uso dos nitritos é a sua pretensa capacidade de aumentar o prazer sexual.


Os inalantes podem reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro, o que pode matar células do cérebro.
Uma vez que um inalante chega nos pulmões, ele entra na corrente sanguínea. As substãncias químicas no sangue atingem o cérebro em segundos.
O uso excessivo de alguns inalantes pode causar danos à medula óssea. Isto pode causar uma produção insuficiente de glóbulos vermelhos. A fadiga constante é sintoma deste estado.
O cantato crônico com alguns inalantes pode danificar os rins e o fígado e reduzir suas funções. Se isto acontecer, o corpo fica menos apto para se livrar das toxinas ou produtos do metabolismo (talvez até do próprio inalante).



(Fonte: Como agem as drogas, Gesina L. Longenecker,PH.D. Quark books. Ilustrações de Nelson W.Hee).
 
LANÇA-PERFUME


Antigamente o lança-perfume era a coqueluche dos salões - até mesmo as crianças ganhavam tubinhos para se divertirem nos bailes. Hoje em dia é considerado entorpecente pela vigilância sanitária, e seu uso é crime. Com fabricação proibida no Brasil, ele aparece por ocasião do carnaval, contrabandeado de outros países sul-americanos, como Argentina , Paraguai , Uruguai e etc, pois lá seu consumo não é considerado crime.
O lança-perfume é um solvente inalante. Solvente significa substância capaz de dissolver coisas e inalante é toda substância que pode ser inalada, isto é, introduzida no organismo através da aspiração pelo nariz ou boca. Via de regra, todo o solvente é uma substância altamente volátil, isto é, se evapora muito facilmente sendo daí que pode ser inalada.

Um número enorme de produtos comerciais, como esmaltes, acetona , colas, tintas, benzina, tiners, propelentes, gasolina, removedores, vernizes, etc., contém estes solventes. Todos estes solventes ou inalantes são substâncias pertencentes a um grupo químico chamado de hidrocarbonetos, tais como o tolueno, xilol, n-hexana, acetato de etila, tricloroetileno, etc.

No Brasil é a droga mais usada pelos adolescentes, depois do Álcool. A primeira experiência geralmente ocorre em casa , segundo a já citada pesquisa do Cebrid. Como o acesso é fácil, o adolescente começa inalando esmaltes, acetona, removedores e ate o corretivo "Carbex" (no colégio) .

A Trip
 
 
Uma cheirada profunda com a boca em um pedaço de tecido embebido pelo solvente, ou no próprio tubo. Imediatamente uma sensação de euforia e excitação, uma incontrolável dificuldade de se entender o que estão falando ao seu redor, seguido de um barulhinho constante, semelhante a um apito, ou assobio ("piiiiiiiiii"). O início do efeito, após a aspiração, é bastante rápido, normalmente de segundos a minutos (em, no máximo de 5 a20 minutos já desapareceu); assim o usuário repete as aspirações várias vezes para que as sensações durem mais tempo. Passado o efeito, vem uma ressaca, eventualmente semelhante a do álcool.

Efeitos


Os efeitos os solventes vão desde um estimulo inicial, com muita excitação e aceleração das batidas cardíacas, até uma depressão, podendo também surgir processos alucinatórios. Eles afetam a respiração, causando a sensação de estrangulamento e asfixia. Dor de cabeça também é um sintoma comum. Vários autores dizem que os efeitos dos solventes (qualquer que sejam) lembram aqueles do álcool sendo, entretanto, que este último não produz alucinações. Depois o sistema nervoso central pode sofrer uma sobrecarga que leva a pessoa a desmaiar ou ate entrando em coma, é o chamado "Teto".

Dentre esses efeitos dos solventes o mais predominante é a depressão do cérebro. Sabe-se que a aspiração repetida, dos solventes pode levar a destruição de neurônios (as células cerebrais) causando lesões irreversíveis do cérebro. Além disso, pessoas que usam solventes cronicamente apresentam-se apáticas, têm dificuldade de concentração e déficit de memória, lesões da medula óssea, do fígado, dos rins e dos nervos periféricos que controlam os nossos músculos.

Os solventes tornam o coração humano mais sensível a uma substância que o nosso corpo fabrica, a adrenalina, que faz o número de batimentos cardíacos aumentar. Esta adrenalina é liberada toda vez que o corpo humano tem que exercer um esforço extra, por exemplo, correr, praticar certos esportes, pular de pára-quedas etc.
Assim, se uma pessoa inala um solvente e logo depois faz esforço físico, o seu coração pode sofrer, pois ele está muito mais sensível à adrenalina liberada por causa do esforço, podendo levar a morte por síncope cardíaca.

Abstinência

Os inalantes ou delirantes não causam dependência física, mas, o mesmo não se pode afirmar da psicológica e da tolerância. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. Para os indivíduos já viciados, a síndrome de abstinência, embora de pouca intensidade, está presente na interrupção abrupta do uso dessas drogas, aparecendo ansiedade, agitação, tremores, câimbras nas pernas, insônia e perda de outros interesses que não seja o de usar solvente. A tolerância pode ocorrer, embora não tão dramática quanto de outras drogas.

Saiba um pouco mais...

Uma versão tupiniquim do lança- perfume é um produto muito conhecido pelos adolescentes, é o "cheirinho" ou "loló" ou ainda " cheirinho da loló". Este é um preparado clandestino, à base de clorofôrmio mais éter.
Mas sabe-se que quando estes "fabricantes" não encontram uma daquelas duas substâncias misturam qualquer outra coisa em substituição, o que traz complicações quando se tem casos de intoxicação aguda por esta mistura.
Um outro inalante do gênero é poppers. Vendido em sex shops europeus, e com a propriedade de aguçar a excitação, é usado principalmente por gays que o aspiram no momento do orgasmo. É raro no Brasil. São vários os tipos de inalantes, os mais simples e baratos são os mais utilizados, e podem ser:
gasolina, adesivos, fluido para isqueiro, acetona, cola de sapateiro, massa plástica clorofórmio, lança perfume ,éter, spray para cabelos e desodorantes.

Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - CEBRID 

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