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domingo, 2 de janeiro de 2011

Segunda guerra mundial (Causas, o conflito e consequências)

Causas da 2ª Guerra

A 2ª Guerra Mundial é uma espécie de prolongamento da Primeira (1914–18), cuja conclusão deixou na Europa uma série de questões não resolvidas, ou mesmo criou problemas novos: o Tratado de Versalhes, imposto à Alemanha pelos vencedores, foi excessivamente pesado e gerou ressentimentos que exacerbaram o revanchismo dos alemães; numerosas minorias étnicas foram colocadas sob domínio estrangeiro, criando focos de tensão interna e tendendo a se unir à pátria-mãe (especialmente no caso dos alemães); finalmente, a disputa das potências industriais por mercados e matérias-primas não foi solucionada satisfatoriamente, pois Alemanha, Itália e Japão continuaram carentes de insumos para suas indústrias. Seguindo a lógica imperialista da época, esses 3 países iriam se associar em uma aliança agressiva e expansionista, denominada Eixo.

A crescimento de Mussolini ao poder na Itália, em 1922, inaugurara um regime político totalitário, militarista e fortemente nacionalista, denominado fascismo e situado ideologicamente na extrema direita. A Crise de 29, agravando os problemas econômicos e sociais dos países capitalistas, estimulou as camadas populares a apoiar movimentos extremistas, tanto de esquerda (comunismo) como de direita (denominados genericamente fascismos, por serem inspirados no modelo italiano). O apoio da burguesia a estes últimos foi decisivo para que eles assumissem o controle de diversos Estados, dos quais o mais importante foi a Alemanha, onde Hitler tomou posse na chefia do governo em 1933. O expansionismo nazista seria o fator determinante para o estouramento da Segunda Guerra Mundial.

A Segunda Guerra Mundial

A ascensão dos países do Eixo constituía uma ameaça aos interesses das grandes potências da época: Grã-Bretanha, França, URSS e EUA. Mas nenhuma delas opôs uma resistência efetiva. Os governos britânico e francês adotaram a política de apaziguamento, repleta de concessões aos agressores; a URSS, sob a ditadura de Stalin, encontrava-se isolada por parte das potências capitalistas, e os EUA haviam assumido uma postura isolacionista, como se os impasses exteriores ao continente americano não lhes dissessem respeito.

A progressão dos países do Eixo foi implacável:

O Japão tomou a Manchúria (1931), antes pertencente à China, e depois atacou novamente esta última (1937); a Itália conquistou a Etiópia (1936) e a Albânia (1939).Mas foi a expansão da Alemanha que levou diretamente à guerra: ocupação da região desmilitarizada da Renânia (1936), anexação da Áustria (1938) e dos Sudetos (também em 1938), pertencentes à Checoslováquia, invasão da própria Checoslováquia (março de 1939) e, por fim, o ataque à Polônia (setembro de 1939), que deu à Grã-Bretanha e França um pretexto para declarar guerra à Alemanha. Estava iniciada a Segunda Guerra Mundial.

As partes em conflito

A maioria massiva das pessoas acredita que o Eixo era formado apenas pela Alemanha, Itália e Japão. Não obstante, Estados menores lutaram ao lado dessas potências, a saber: Finlândia, Hungria, Romênia, Bulgária, Eslováquia, Croácia (as duas últimas emancipadas respectivamente da Checoslováquia e Iugoslávia) e Tailândia. Além disso, nos países conquistados pelas potências do Eixo, contingentes maiores ou menores das populações locais apoiaram os invasores (foram os chamados colaboracionistas), ao tempo que outros os combatiam (ficando conhecidos como Resistência ou partisans).

Os países que se posicionaram contra o Eixo adotaram o nome de Aliados – que já fora utilizado na Primeira Guerra Mundial e foi repetido na Guerra do Golfo, em 1991. As principais potências envolvidas foram a China (desde 1937), Grã-Bretanha e França (1939), URSS e EUA (1941). Ao todo, fizeram parte dos Aliados (ou Nações Unidas) 51 Estados, inclusive o Brasil. Muitos, porém, proporcionaram apenas apoio material, sem entrar propriamente em combate; tal é o caso de quase toda a América Latina, onde apenas México e Brasil enviaram tropas ao campo de batalha.

A Segunda Guerra Mundial

As principais operações militares


A 2ªGuerra Mundial, devido à sua amplitude e duração, contou com inúmeras campanhas e batalhas importantes. Neste texto, iremos nos reportar apenas àquelas que tiveram influência decisiva na evolução do conflito.

Empregando de forma combinada todos os elementos militares de que dispunham (aviação de assalto, aviação de bombardeio, blindados, artilharia e infantaria), os alemães criaram uma tática de combate denominada Blitzkrieg (Guerra-Relâmpago), de efeito esmagador. Ela lhes permitiu dominar rapidamente a Polônia e, em 1940, quase toda a Europa Ocidental – inclusive a França, que foi obrigada a se render. Mas a falta de recursos navais impediu Hitler de invadir a Grã-Bretanha e o levou a atacar a URSS. Os alemães avançaram consideravelmente no território soviético, até serem finalmente detidos na Batalha de Stalingrado (nov. 42/fev. 43). O Japão, envolvido contra a China desde 1937, atacou os EUA em dezembro de 1941, bombardeando a base naval de Pearl Harbor, no Havaí. Os japoneses conquistaram todo o Sudeste Asiático e o Pacífico Central, chegando às fronteiras da Índia e próximo da Austrália. Todavia, derrotados pelos norte-americanos na batalha naval de Midway (jun. 42), passaram a lutar defensivamente, de forma obstinada e até mesmo desesperada, tendo em vista que se tornou habitual lutarem até à morte, inclusive através de ataques suicidas.

A Segunda Guerra Mundial

A Itália foi invadida pelos Aliados em 1943. Mussolini, refugiado no norte do país sob a proteção dos alemães, foi capturado por guerrilheiros comunistas italianos e executado em abril de 1945. Hitler suicidou-se três dias mais tarde, quando os soviéticos se encontravam a três quarteirões de seu abrigo subterrâneo, em Berlim. A Alemanha capitulou pouco depois, em 8 de maio. Antes, em junho de 1944, ocorrera o célebre Dia D, quando tropas anglo-americano-canadenses desembarcaram na Normandia – região da França, que estava ocupada pelos alemães.

O Japão se rendeu somente em 15 de agosto de 1945, quando o imperador Hirohito anunciou pessoalmente, pelo rádio, a capitulação do país. Essa decisão foi conseqüência dos devastadores efeitos produzidos pelo bombardeio atômico das cidades de Hiroshima e Nagasaki, ocorridos respectivamente em 6 e 9 daquele mesmo mês.

O lançamento de bombas atômicas contra o Japão, a fim de forçá-lo a cessar a luta, foi ordenado pelo novo presidente dos EUA, Truman (o presidente Franklin Roosevelt falecera em abril de 1945). Atualmente, os historiadores tendem a considerar que a ação norte-americana foi totalmente desnecessária, já que a capacidade de resistência dos japoneses estava em seu limite. Assim sendo, os bombardeios atômicos (com cerca de 200 mil vítimas fatais, sem considerar as seqüelas da radioatividade) teriam sido, fundamentalmente, um meio de intimidar a URSS – já considerando a futura Guerra Fria.

A Segunda Guerra Mundial

AS Conseqüências da Segunda Guerra Mundial

O mundo que emergiu do terrível conflito era bastante diferente daquele que existia antes dele, em 1939. As potências do Eixo estavam esmagadas, mas também a Grã-Bretanha e a França saíram debilitadas da guerra. Para definir a nova relação de forças internacionais, cunharam-se duas expressões: superpotências e bipolarização – mostrando que o planeta estava dividido em duas zonas de influência econômica, política e ideológica, controladas respectivamente pelos EUA e URSS. Do confronto entre ambos (Guerra Fria) resultaram a Guerra da Coréia (1950–53), a Guerra do Vietnã (1961–75) e a Guerra do Afeganistão (1979–89). Somente em 1985, com o início da Perestroika (reestruturação econômica) e da Glasnost (transparência política), implantadas por Gorbachev na URSS, esse cenário instável começou a se desmanchar.

O socialismo marxista ganhou considerável impulso com o crescimento do poder soviético, após a Segunda Guerra Mundial. Além dos países da Cortina de Ferro (Europa Central e Oriental), passaram a ter governos comunistas Estados do Extremo Oriente (China, Coréia do Norte, Vietnã, Laos, Camboja), do Oriente Médio (Iêmen do Sul), da África (Angola, Moçambique, Etiópia) e até mesmo da América Latina (Cuba, onde Fidel Castro se transformou no mais antigo ditador do mundo – no poder desde 1959).

Por fim, os avanços tecnológicos provocados pela guerra resultaram em muitas aplicações pacíficas, que vão desde a penicilina até o radar ou a propulsão a jato para os aviões.

Fonte(s) de consulta: Curso Objetivo

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