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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Decisão da Caixa Econômica Federal beneficia advogados


Extraído de: OAB - Bahia  - 24 de Abril de 2013


O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, enviou ofício à diretoria da OAB-BA comunicando que a Caixa Econômica Federal (CEF) atendeu o pleito formulado pelo Conselho Federal da OAB no tocante à liberação de alvarás. Agora, a CEF passará a aceitar a procuração juntada aos autos, mediante a simples apresentação de uma certidão do cartório da vara comprovando que o profissional ainda é o advogado constituído no processo.

Não será mais necessária, como antes, a atualização da procuração, medida que vinha sendo considerada um transtorno para os profissionais, que tinham que voltar a procurar os clientes, depois de anos de tramitação do processo, para obter uma nova procuração. Com a decisão, acabam as exigências que vinham sendo feitas em agências da CEF para a liberação de alvarás, tais como reconhecimento de firma do profissional, que a procuração fosse atualizada pelo cliente e até mesmo de apresentação de comprovante de residência do advogado.

Autor: Imprensa OAB-BA

Ação pauliana não pode atingir negócio jurídico celebrado por terceiros de boa-fé


Extraído de: Carta Forense  - 24 de Abril de 2013


A ação pauliana processo movido pelo credor contra devedor insolvente que negocia bens que seriam utilizados para pagamento da dívida numa ação de execução não pode prejudicar terceiros que adquiriram esses bens de boa-fé. Assim, na impossibilidade de desfazer o negócio, a Justiça deve impor a todos os participantes da fraude a obrigação de indenizar o credor pelo valor equivalente ao dos bens alienados.

O entendimento foi firmado pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em julgamento de recurso relatado pelo ministro Luis Felipe Salomão. A controvérsia foi suscitada pelos compradores de três terrenos negociados pela empresa Alfi Comércio e Participações Ltda. A venda dos imóveis havia sido anulada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), em ação pauliana ajuizada pelo Banco do Brasil.

Fraude

No caso julgado, ficou constatada fraude contra o banco, credor de dívidas no valor de R$ 471.898,21 oriundas de cédulas de crédito industrial contratadas em 1995 pela Pregosul Indústria e Comércio Ltda., cuja falência foi decretada.

Segundo os autos, um casal de fiadores da Pregosul deu os imóveis em pagamento à Companhia Siderúrgica Belgo Mineira. Depois, dentro de um acordo judicial, ficou acertada a devolução dos imóveis. Porém, a pedido do casal, em vez de retornarem para seu patrimônio pessoal, os bens foram transferidos pela Belgo Mineira à empresa Alfi Comércio e Participações, constituída apenas dois meses antes em nome da filha do casal. Por fim, a Alfi vendeu os imóveis a terceiros.

Conforme constatado pelas instâncias ordinárias, a Alfi foi criada especificamente para receber a propriedade dos imóveis e evitar que tais bens ficassem sujeitos a penhora na execução das dívidas.

Na primeira instância, a ação pauliana do Banco do Brasil foi julgada procedente, para anular todos os atos jurídicos fraudulentos e declarar sem eficácia a venda dos imóveis pela Alfi aos últimos adquirentes, mesmo reconhecendo que estes agiram de boa-fé. De acordo com as conclusões do juiz, a Belgo Mineira sabia da situação do casal e teve participação ativa na fraude.

Quanto aos últimos compradores, o juiz afirmou que teriam de buscar indenização por perdas e danos em ação própria. O TJRS manteve a decisão.

Recurso

Em recurso ao STJ, os compradores alegaram, entre outros pontos, que os imóveis foram adquiridos na mais cristalina boa-fé de uma empresa que não possuía qualquer restrição, ônus ou gravame; e que a transação foi cercada de todas as cautelas e formalizada com auxílio e orientação de corretor de imóveis, o que impediria a anulação do negócio.

Com base em precedentes e doutrina sobre o instituto da fraude contra credores, o ministro Luis Felipe Salomão afirmou que os últimos compradores, cuja boa-fé foi reconhecida na sentença, não poderiam ser prejudicados pelo desfazimento do negócio.

Segundo o ministro, como houve alienação onerosa do bem, a solução adotada pelo TJRS contrariou dispositivo legal que estabelece que, anulado o ato, as partes serão restituídas ao estado em que antes se encontravam, e não sendo isso possível, o credor será indenizado no valor equivalente.

Sem volta

Em concordância com o decidido no Recurso Especial 28.521, relatado pelo ministro Ruy Rosado, cabe resguardar os interesses dos terceiros de boa-fé e condenar os réus que agiram de má-fé, destacou o relator em seu voto.

Salomão lembrou que, naquele caso, o STJ aplicou por analogia o artigo 158 do Código Civil de 1916, vigente à época dos fatos (correspondente ao artigo 182 do código atual), para concluir que, se o autor da ação pauliana pediu a anulação dos atos fraudulentos, o que ele pretende em essência é recompor o patrimônio do devedor.

Inviabilizado o restabelecimento do status quo ante, pela transferência do bem a terceiro de boa-fé, inatingível pela sentença de procedência do pedido, entende-se que o pleito compreendia implicitamente a substituição do bem pelo seu equivalente, disse o ministro. Nesses casos, acrescentou, cabe condenar todos os que agiram de má-fé a indenizar o autor da ação pauliana, porque contribuíram para a insolvência do devedor.

Assim, de forma unânime, a Turma deu parcial provimento ao recurso dos compradores, para condenar o casal de fiadores, a Alfi e a Belgo Mineira a indenizar o Banco do Brasil pelo valor equivalente aos imóveis transmitidos em fraude contra o credor, a ser apurado em liquidação.

Autor: Assessoria de Comunicação - STJ

terça-feira, 23 de abril de 2013

1ª Turma julga improcedente reclamação sobre cópia de processo


Extraído de: Supremo Tribunal Federal  - 23 de Abril de 2013


Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente a Reclamação (Rcl) 13215 em que um acusado de tráfico internacional de drogas pretendia obter cópias de 60 volumes referentes à ação penal a que responde na 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

Ele pretendia ter pleno acesso, por meio de fotocópias, ao inteiro teor da ação, mas o pedido foi negado por decisão do Juízo de primeiro grau, porque a defesa não especificou as páginas dos autos das quais pretendia obter as cópias, como determina a Portaria 36/2011 da 4ª Vara Federal Criminal de São Paulo.

A norma limita o número de cópias em ações desencadeadas por grandes operações da Polícia Federal. Entretanto, permite à defesa o acesso pleno aos autos. A ação em questão se refere ao resultado das investigações da Polícia Federal na chamada Operação Semilla, pela qual foram presas preventivamente várias pessoas por tráfico internacional de drogas, entre elas C.R.R, que ajuizou a reclamação no STF.

Na reclamação alega que houve descumprimento da Súmula Vinculante número 14 do STF, que garante à defesa acesso amplo aos elementos de prova, colhidos em âmbito investigatório por órgão com competência de polícia judiciária, e relacionados ao exercício do direito de defesa.

O ministro relator, Março Aurélio, já havia indeferido o pedido de medida liminar em maio do ano passado, por não identificar desrespeito à súmula do STF. Segundo reafirmou à Turma, é um descompasso não configurado. Fica longe de implicar o desrespeito ao teor do verbete vinculante 14 da Súmula do Supremo a decisão no sentido de a defesa técnica, ante inúmeros volumes e diversos acusados, indicar as peças do processo a serem copiadas, viabilizando-se até mesmo a entrega de mídia alusiva à gravação.

AR/AD

Lula assina contrato para escrever coluna mensal no New York Times


Extraído de: Rede Brasil Atual  - 23 de Abril de 2013

Lula vai escrever sobre política e economia e seus artigos serão distribuídos pela agência New York Times. Ele foi homenageado por ter impulsionado a economia e a diminuição da fome e da pobreza no Brasil

São Paulo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou ontem (22) um contrato com o jornal norte-americano The New York Times para escrever uma coluna mensal.

Segundo informações do Instituto Lula, a coluna de Lula será distribuída pela agência New York Times e vai tratar de política e economia internacional, além de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo.

Fundado em1851, o NYT é um dos jornais diários mais conhecidos no mundo e desde 1996 também publica uma versão eletrônica na internet, igualmente reconhecida em todo o mundo, com acesso mensal na casa dos 20 milhões.

Lula esteve em Nova York onde foi homenageado por ter impulsionado a economia do Brasil e contribuído com a diminuição da fome e da pobreza.

Autor: Redação da Rede Brasil Atual

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Veja o passo-a-passo para a contratação de uma doméstica



Em vigor desde o dia 3 de abril, as novas regras para o trabalho doméstico exigem atenção de empregados e empregadores. Para facilitar o processo de contratação, o UOL selecionou uma série de modelos para o preenchimento de documentos importantes. Veja a seguir: 

1) Assine a carteira no primeiro dia de trabalho do empregado doméstico e mantenha as atualizações em dia, anotando férias, mudança de cargo ou salário, afastamentos, licenças e etc. Quem já registrou a empregada, pode apenas anotar as mudanças adotadas após a emenda que entrou em vigor 


2) Faça um contrato de trabalho. Alguns especialistas recomendam ainda a realização de um exame admissional, que pode detectar doenças pré-existentes. Clique no "Mais" e baixe um modelo de contrato sugerido pelo site Doméstica Legal

3) Preencha o termo de uso do vale-transporte. O documento é importante para registrar as condições do benefício. Nele, o empregado autoriza e fica ciente do desconto de até 6% no salário. Clique no "Mais" e baixe um modelo de declaração de recebimento de vale-transporte


4) Preencha corretamente e pague as guias de recolhimento do INSS. É preciso colocar a identificação, os valores e o código da ocupação. No site do Ministério do Planejamento (http://www.mps.gov.br) há uma relação com todos os códigos utilizados pelo INSS 


5) Tenha uma folha de ponto para controlar a jornada de trabalho e as horas extras do empregado. Clique no "Mais" e baixe um modelo de folha de ponto. As anotações serão importantes no momento de calcular as horas extras. Recibos também são essenciais para registrar tudo o que foi pago no mês

Fonte: UOL

Conheça oito tipos de empregados domésticos

Babás - Alguns trabalhadores podem ser enquadrados como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [Lalo de Almeida/The New York Times]



Motoristas particulares - Alguns trabalhadores podem ser enquadrados como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [Shutterstock]


Cuidadores de idosos - Alguns trabalhadores podem ser enquadrados como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [Shutterstock]


Cozinheiros - Alguns trabalhadores podem ser enquadradas como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [SXC]


Jardineiros - Alguns trabalhadores podem ser enquadradas como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [SXC]


Passadeiras/lavadeiras - Alguns trabalhadores podem ser enquadrados como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [Thinkstock]


Piscineiros - Alguns trabalhadores podem ser enquadradas como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [SXC]


Vigias - Alguns trabalhadores podem ser enquadradas como empregados domésticos desde que obedeçam a cinco critérios de trabalho: habitualidade, subordinação, onerosidade, pessoalidade e ser pessoa natural [Patricia Stravis/Folhapress]

Fonte: UOL

Veja cinco exigências para trabalhador se enquadrar na PEC das Domésticas


A Emenda Constitucional 72, que ficou conhecida como PEC das Domésticas, entrou em vigor no dia 3 de abril e gerou uma série de discussões, inclusive, sobre quem são os empregados domésticos. De acordo com o professor e especialista em direito do trabalho, Ricardo Pereira de Freitas Guimarães, os domésticos são profissionais que trabalham em residências e que têm, como empregador, uma pessoa física proprietária ou locatária de imóvel para moradia própria e da família.

Para o professor, podem ser considerados empregados domésticos: babás, caseiros, cozinheiros, cuidadores de idoso, governantas, lavadeiras/passadeiras, jardineiros, motoristas particulares, vigias, piscineiros. Estas funções têm os mesmos direitos trabalhistas assegurados aos demais trabalhadores.

Guimarães alerta para o fato de que a diarista não faz jus aos mesmos direitos dos domésticos, já que não se enquadra na questão da habitualidade “e a jurisprudência tem entendido que somente o trabalho em três ou mais vezes por semana configura vínculo empregatício”.

Outro ponto importante, destacado pelo professor, é que os profissionais somente se enquadrarão como trabalhadores domésticos se tiverem cinco requisitos básicos da relação de trabalho:

- Habitualidade: a prestação dos serviços não pode ocorrer de forma descontínua, ou seja, com afastamentos temporários razoáveis, fragmentação dos períodos de trabalho. Deve haver, no caso de empregados domésticos, pelo menos uma escala de três dias da semana com horários e dias iguais. Por exemplo: segunda, quarta e sexta, das 8h às 17h;

- Subordinação: receber ordens diretas e seguir normas determinadas pelo empregador.

- Onerosidade: receber um salário mensal acordado previamente com o empregador;

- Pessoalidade: o trabalhador presta seus serviços pessoalmente a terceiros, exercendo atividade direta sem poder delegá-la a outras pessoas;

- Ser pessoa natural: pessoa física e não jurídica. Ou seja, é proibida a figura do "PJ" (trabalhador que abre uma microempresa para prestar serviços ao empregador).

Fonte: UOL

terça-feira, 16 de abril de 2013

Senado aprova Estatuto da Juventude


Extraído de: ExpressoMT - A Notícia em Primeira Mão  - 1 minuto atrás


Proposta estabelece meia-entrada para jovens de baixa renda. Texto prevê passagens gratuitas ou com desconto em viagens de ônibus.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (16), em votação simbólica, o projeto de lei que institui o Estatuto da Juventude, que estabelece direitos para jovens entre 15 e 29 anos. O projeto garante a meia-entrada em eventos culturais e esportivos de todo o país para jovens de baixa renda e exige que empresas de transporte interestadual reservem para o grupo dois assentos gratuitos nos ônibus.

O estatuto ainda precisa ser apreciado pela Câmara dos Deputados, onde havia sido aprovado em 2011. Como passou por alterações no Senado, o texto deverá voltar para a Casa de origem.

Pelo texto relatado pelo senador Paulo Paim (PT-SP), além dos assentos gratuitos, as empresas de transporte devem oferecer duas passagens com 50% de desconto.

Pela proposta aprovada, a meia-entrada também vale para estudantes que comprovem matrícula em instituição de ensino com o uso de carteirinha expedida "preferencialmente", segundo o texto, pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e por entidades estudantis estaduais e municipais a elas filiadas.

O projeto também define que o pagamento de meia-entrada vale para jovens de famílias com renda mensal de até dois salários mínimos. A meia-entrada prevista para o Estatuto da Juventude não se estende aos jogos da Copa do Mundo de 2014, nem às Olimpíadas de 2016, cujas entradas (incluindo as vendidas com desconto) são reguladas pela Lei Geral da Copa.

Para ter acesso ao direito, as famílias desses jovens deve estar registrada no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O texto aprovado pelo Senado prevê, ainda, a garantia de direitos básicos aos jovens, como acesso à educação e à profissionalização, ao trabalho e à renda.

Limite

Após a votação do texto principal, foi aprovada emenda que limita a concessão do benefício da meia-entrada a 40% do total de ingressos disponíveis para cada evento. Segundo parlamentares, a emenda foi articulada com entidades de representação dos estudantes e da classe artística.

O presidente da Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro, Eduardo Barata, comemorou o novo texto e afirmou que a medida possibilitará a flexibilização dos preços. "Com a aprovação dos 40%, vamos poder programar estratégias de bilheteria e diminuir os preços. Agora, eu sou o dono da bilheteria, e não o poder público", disse Barata.

A alteração foi apresentada pela senadora Ana Amélia (PP-RS) e pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO). A conclusão da votação só ocorreu após extensa discussão dos senadores das demais emendas, todas rejeitadas.

O projeto torna obrigatória a manutenção pelo Estado de programas de expansão do ensino superior, com oferta de bolsas estudos em instituições privadas e financiamento estudantil.

Autor: G1

BENEFICIAMENTO AGRÍCOLA PODE TER ICMS DIFERENCIADO


Extraído de: LegisCenter  - 16 de Abril de 2013


O parecer do relator do projeto de resolução do imposto, Delcídio, foi apresentado nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Hoje, o ICMS tem alíquota de 12% no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo em operações com o resto do país e de 7% para mercadorias transferidas do Sul e Sudeste para outras regiões.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS) indicou nesta terça-feira, 16, que poderá aceitar a adoção de alíquota diferenciada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações realizadas por meio de beneficiamento agrícola.

Relator do projeto de resolução do imposto, cujo parecer foi apresentado nesta terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Delcídio sinalizou que a mudança deverá ter parâmetros semelhantes ao que propôs para os produtos industrializados.

Pela manhã, Delcídio Amaral sugeriu, com o aval do Ministério da Fazenda, a adoção da alíquota de 7% do imposto para os produtos industrializados que saem das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Estado do Espírito Santo para os demais Estados do Sul e Sudeste. Essa regra poderia ser estendida para produtos agrícolas sujeitos a beneficiamento. Para as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido gradualmente para 4%.

"Deve ser apresentada uma emenda principalmente para olhar a questão do beneficiamento, que é muito típico da região Centro-Oeste e acho que vem ao encontro a esse 7% para a indústria", afirmou Delcídio, ao final da reunião da CAE. A proposta, que teve um pedido de vista, deverá ir à votação na próxima sessão.

Atualmente, o ICMS tem alíquota de 12% do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo nas operações realizadas com o resto do país e de 7% quando a mercadoria é transferida do Sul e Sudeste para as demais regiões.

O senador do PT disse ainda que há uma articulação, que conta com o respaldo do Ministério da Fazenda para garantir a criação por meio de um projeto de lei complementar dos fundos de compensação financeira e de desenvolvimento regional para contrabalançar as eventuais mudanças das alíquotas do ICMS. Atualmente, os dois fundos foram instituídos pela Medida Provisória 599/2012.

Segundo Delcídio, a criação dos fundos por esse caminho daria maior segurança aos governadores, receosos de que com o passar dos anos, possa ocorrer uma descontinuidade do repasse de recursos.

A intenção é votar o projeto do senador Paulo Bauer (PSDB-SC) que cria os fundos por meio de lei complementar. A proposta está na CAE e foi distribuída para receber parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Autor: EXAME.COM, por Ricardo Brito

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Condenados à morte querem doar órgãos após execução


*Por João Ozorio de Melo

O Legislativo de Utah abriu uma fenda no que parecia ser uma barreira indestrutível nos Estados Unidos. Aprovou uma lei que autoriza a doação de órgãos por prisioneiros que morrem na prisão, incluindo os que estão no corredor da morte.

Até agora, nenhum dos 50 estados americanos permitia doações de órgãos por condenados à morte. Alguns estados permitem a doação por prisioneiros não condenados à morte, mas "apenas raramente e sob circunstâncias estritamente controladas", de acordo com NBC News.

A medida legislativa foi bem recebida por muitos prisioneiros. Ao saber da notícia, 247 detentos solicitaram os formulários para doação de órgãos e os devolveram preenchidos e assinados. Esse número deve aumentar, porque o Departamento Correcional de Utah ainda se organiza para distribuir os formulários a todos os 6,9 mil prisioneiros do estado, incluindo oito no corredor da morte.

"Isso me faz sentir muito bem", declarou à NBC a prisioneira Joanne Ford, uma das primeiras a preencher um formulário de doação. "Eu causei um grande dano a muitas pessoas e sinto que tenho uma grande dívida com a sociedade", afirmou.

Aparentemente, essa medida legislativa ajuda parte da população carcerária a lidar com o sentimento de culpa. Especialmente os que estão no corredor da morte. Isso foi bem explicado por Christian Longo, um prisioneiro no corredor da morte em Oregon, que escreveu um artigo, em 2011, publicado pelo jornal The New York Times, com ampla repercussão em todo o país.

Ele abriu o artigo explicando o próprio processo mental, que se assemelha a quase metade dos 35 prisioneiros no corredor da morte em Oregon.

"Há oito anos, fui sentenciado à morte pelo assassinato de minha mulher e três filhos. Sou culpado. Por algum tempo, pensei que podia enganar os outros, fazendo-os acreditar que isso não era verdade. Depois de falhar, tentei me convencer de que isso não tinha importância. Mas, gradualmente, a gravidade dos meus atos se infiltrou na minha mente. Então, veio o remorso. Agora sinto uma necessidade enorme de fazer alguma coisa para compensar".

Longo disparou uma "campanha agressiva", segundo os jornais, por seu direito – e de outros prisioneiros na mesma situação – de "dar a vida após a morte", como foi o título do artigo no The New York Times. A garantia de poder doar seus órgãos o ajudaria a viver melhor o resto de sua vida.

O prisioneiro, que tem acesso à Internet e faz sua campanha através de um website e pelo Facebook, argumenta – e os jornais confirmam – que existem quase 118 mil pessoas na lista nacional de espera de corações, rins, fígados e outros órgãos para transplantes. Há mais de 3 mil prisioneiros no corredor da morte no país. Cada prisioneiro pode, com a doação de seus órgãos, salvar oito vidas. E, com a doação de tecidos do corpo, ajudar no tratamento de 50 pacientes. A NBC diz que isso foi confirmado por especialistas em transplantes.

Os parlamentares de Utah, onde morrem pelo menos dez detentos por ano, aprovaram a lei por unanimidade, inspirados na história de Longo e de outro prisioneiro, Ronnie Lee Gardner, que lutou desesperadamente por sua vontade de doar seus órgãos após a morte em vão. Ele foi executado em 2010.

Todos os estados americanos, agora com exceção de Utah, se opõem à ideia por várias razões. A primeira é médica. Presume-se que os prisioneiros estão sujeitos a contrair muitas doenças, especialmente as sexualmente transmissíveis. E sabe-se que a execução da pena de morte por uma sequência de três injeções danifica os órgãos do prisioneiro.

Longo argumenta que a tendência de os prisioneiros adquirem doenças não é diferente da população em geral. E explica que o dano aos órgãos seria evitável se todos os estados adotassem o sistema de Ohio e Washington. Esses estados usam uma dose mais forte de apenas uma droga, um barbiturato de ação rápida que não destroem os órgãos. Simplesmente não aplicam as outras duas injeções que danificam os órgãos.

Há também problemas éticos/jurídicos complexos, de acordo com alguns especialistas. Um é o de que pode haver alguma espécie de coerção dos prisioneiros, quando confrontados com a "necessidade desesperada" de milhares de pessoas no país de um órgão para transplante.

"Os prisioneiros podem ser tornar meios de atingir um fim", disse à NBC o diretor do Centro de Ética Médica da Universidade de Indiana Paul Helft. Ele se refere à frase maquiavélica de que "o fim justifica os meios". Diante da necessidade de conseguir mais órgãos para transplante, questões de ética e de moral se tornariam menos importantes.

Também há problemas práticos, apontam os opositores à lei, como a dificuldade de recuperar rapidamente os órgãos de um prisioneiro que é executado ou que morre por qualquer outra causa na prisão, por causa da burocracia. E há quem questione se as famílias aceitariam os órgãos de um prisioneiro condenado à morte por crimes violentos.

Algumas famílias de pessoas com parentes na lista de espera de órgãos para transplante, consultados pela NBC, disseram que essas preocupações – e todas as outras – não fazem parte de seus pensamentos. "Meu filho morreu antes de completar 21 anos, depois de três anos na fila de espera para um transplante de fígado. Nossa única preocupação era mantê-lo vivo e a doação de um prisioneiro sequer seria questionada", disse Lori Haglund, de Salt Lake City, Utah.

*João Ozorio de Melo é correspondente da revista Consultor Jurídico nos Estados Unidos

Fonte: Revista Consultor Jurídico

Mubarak ficará preso, apesar de liberdade concedida por tribunal egípcio


Extraído de: Agência Brasil  - 15 de Abril de 2013


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília Apesar de a Corte de Apelações do Egito ter autorizado a libertação do ex-presidente Hosni Mubarak, de 84 anos, processado por acusação de crimes de assassinato durante as manifestações que levaram à sua saída do poder, em 2011, o antigo dirigente será mantido preso. É que Mubarak responde também por mais crimes, como desvios de recursos e corrupção.

A ordem de libertação da Justiça egípcia se refere apenas ao processo de morte dos manifestantes. A defesa de Mubarak pediu sua libertação alegando que a legislação do país determina que após dois anos de cumprimento de prisão preventiva, o acusado deve ser liberado.

Em junho de 2012, Mubarak foi condenado à prisão perpétua por responsabilidade nas mortes de manifestantes. O balanço oficial é que cerca de 850 pessoas morreram na ocasião. Mas o tribunal anulou a decisão por considerar que houve irregularidades.

No último dia 13, o julgamento de Mubarak foi suspenso porque o juiz Mustafa Hassan Abdullah renunciou ao caso. Mubarak compareceu ao tribunal apresentando bom estado de saúde. A televisão mostrou o ex-presidente, de 84 anos, levado em uma maca e fazendo saudações às pessoas, em sua primeira aparição pública desde junho, quando foi condenado à prisão perpétua.

*Com informações da emissora multiestatal de televisão Telesur

Edição: Davi Oliveira

Máscara Negra: Habeas Corpus indeferidos e prisão domiciliar concedida


Extraído de: Poder Judiciário do Rio Grande do Norte  - 15 de Abril de 2013


A juíza convocada do Tribunal de Justiça, Ada Galvão, indeferiu quatro pedidos de Habeas Corpus de acusados da Operação Máscara Negra e converteu em domiciliar a detenção de Kaliny Karen da Fonseca Teixeira. A concessão favorável à secretária de Turismo de Guamaré se deu em virtude de a mesma se encontrar com sete meses de gestação. As decisões são limitares e se deram durante o plantão judicial do final de semana.

[Kaliny Karen] deve ser recolhida ao domicílio e de lá se ausentar somente mediante autorização judicial, frisou a magistrada. Os habeas corpus indeferidos foram dos acusados Emilson Borba, Katiúscia Miranda da Fonseca Montenegro, Geusa de Morais Lima e Kelley Margareth Miranda da Fonseca Texeira.

A defesa do acusado Clodualdo Bahia também ingressou com um pedido de soltura, mas a magistrada considerou que o teor do pedido expresso pelo advogado não se enquadra em matéria de plantão judicial. O processo foi distribuído para a desembargadora Zeneide Bezerra.

Prisões prorrogadas

Na sexta-feira (12), a juíza Cristiany Vasconcelos, da Comarca de Macau, acatou pedido do Ministério Público e prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de 11 investigados na Operação Máscara Negra. A atuação do MPE desvendou suposto esquema de contratação fraudulenta de shows musicais nos municípios de Macau e Guamaré.

Em seu pedido, o Ministério Público argumentou que a medida continua sendo imprescindível para a continuidade e aprofundamento das investigações, tendo em vista que nem todos os malotes decorrentes das buscas e apreensões foram remetidos e analisados pelo órgão ministerial.

O órgão ministerial afirma que os investigados, quanto interrogados, não têm cooperado com as investigações - exceto Rogério Medeiros Cabral Júnior dando respostas desconexas e evasivas, denotando a coesão da quadrilha para tentar impedir o total descortinamento do modus operandi das contratações fraudulentas e desvios de recursos.

Segundo os autos, desde o início da operação diversos empresários, cujas empresas foram alvos de busca e apreensão, têm se apresentado de forma voluntária para prestar esclarecimentos e informações relevantes para as investigações, de modo que a liberdade dos investigados pode vir a impedir ou a influenciar na colheita dessa prova.

Observa o MP que testemunhas têm sido ouvidas e que o interrogatório do investigado Rogério Medeiros Cabral Júnior revelou a participação no esquema de outras pessoas que ainda precisam ser inquiridas, bem como outras diligências adotadas.

DESAPOSENTADORIA PROMOVE JUSTIÇA, DIZEM ESPECIALISTAS


Extraído de: LegisCenter  - 15 de Abril de 2013


Aprovada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado nesta quarta-feira, o projeto de lei que prevê a possibilidade de renúncia da aposentadoria para recálculo do benefício é visto como uma conquista por advogados especializados em previdência e por sindicalistas. "Essa lei trará justiça social para os trabalhadores aposentados, porque o Estado, quando retirou o pecúlio (devolução da contribuição feita pelo aposentado), diz que quem voltou a trabalhar é obrigado a contribuir sem ter direito a benefícios. Isso é inconcebível, porque é uma contribuição sem contrapartida", avalia o advogado André Luiz Marques, presidente do Instituto dos Advogados Previdenciários (IAP)."A partir do momento em que o cidadão aposentou-se e continuou trabalhando e, por força de lei, é obrigado a contribuir com a Previdência, é inaceitável e até inconstitucional que essas contribuições sirvam absolutamente para nada", acrescenta Marques.

A opinião do advogado repercute no mesmo sentido entre sindicalistas."A gente via essa impossibilidade de recalcular o valor da aposentadoria como um grande castigo, porque se o trabalhador continua na ativa, é justo", justifica o presidente da CUT/RS, Claudir Antonio Nespolo."Nós vemos com grande alegria essa posição do Senado, que tem tido encaminhamentos e decisões que são de interesse do povo e dos trabalhadores", afirma o presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul, Cláudio Janta. Janta argumenta que a aposentadoria já sofre com reduções pelo fator previdenciário e que o recálculo do benefício para quem continua contribuindo com o sistema "é um direito".

A possibilidade de renúncia da aposentadoria já existe para os servidores públicos. O mecanismo, chamado de desaposentadoria ou desaposentação, permite a revisão no valor do benefício, reconsiderando o tempo total de contribuição no cálculo. "Esse argumento é um dos que os advogados utilizam na sua fundamentação ao requerer judicialmente essa desaposentadoria", explica Marques.

Para o advogado especializado em Direito Previdenciário Décio Scaravaglioni "hoje em dia se paga a contribuição e ela não tem destinação alguma". Scaravaglioni ressalta que a contribuição dos aposentados representa valores significativos para Previdência, já que, segundo ele, a maior parte dos aposentados que seguem contribuindo com o sistema é composta por profissionais que dão continuidade à carreira e que têm um vencimento maior.

O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do projeto de lei, esclarece que a possibilidade de revisão do benefício não é um favor. "O aposentado que contribui não está pedindo nada de graça. Ele está contribuindo", defende. O projeto seguirá para aprovação na Câmara dos Deputados, se não houver recurso para votação no plenário do Senado. E ainda dependerá de sanção da presidente Dilma Rousseff.

Tramitação de processos pode ser favorecida com aprovação no Senado

Há 24 mil ações judiciais requerendo a desaposentadoria, de acordo com levantamento da Procuradoria do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que resultariam em 70 mil ações, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por conta dos recursos apresentados. Segundo o levantamento mais recente do INSS, de fevereiro de 2012, há 703 mil aposentados contribuindo com o sistema. O advogado especialista em previdência Décio Scaravaglioni salienta que o número de aposentados com direito a requerer revisão pode passar de milhares de pessoas. "Qualquer aposentado que contribuiu por algum tempo, mesmo que não esteja recolhendo agora, tem direito a requerer um novo benefício com base na contribuição adicional. Então, o número de pedidos vai superar o de contribuintes aposentados ativos."

O Supremo Tribunal Federal (STF) avalia a procedência de uma dessas ações, com intuito de criar jurisprudência. A Ação é coletiva e de autoria da auxiliar de farmácia aposentada Lúcia Costella (primeira Ação neste sentido), que requer, juntamente com outras quatro aposentadas do Grupo Hospitalar Conceição, o direito à renuncia ao benefício, garantido na década de 1990, para recálculo do valor, considerando contribuições feitas posteriormente. "Eu me aposentei e continuei trabalhando por seis ou sete anos", explica Lúcia.

Para o advogado de Lúcia, Cristiano Ferreira, a legislação favorece a tramitação do processo no STF, que já obteve parecer favorável do ministro-relator Março Aurélio Mello. "Não é uma garantia de que os processos vão ser favoráveis, mas a legislação (aprovação na comissão do Senado) é um indício positivo", defende.

Defensores do projeto rechaçam argumento contrário do governo Segundo artigo publicado em outubro de 2011 pelo diretor do Departamento do Regime Geral da Previdência Rogério Nagamine Costanzi, a Longo prazo a desaponsentadoria poderia gerar um Déficit previdenciário de R$ 69 bilhões. Os dados que subsidiam o estudo são de 2010. O senador Paulo Paim (PT/RS) argumenta que o projeto de lei foi estruturado em estudos e que esse argumento não faz sentido. "Como é que você vai dar gasto se você está contribuindo?", questiona. "Quanto mais o trabalhador ficar em atividade, mais ele vai contribuir", completa.

"Falam que vai trazer um custo, um rombo, para o INSS, mas isso não é representativo", atesta o advogado André Luiz Marques. "Não tem que se falar em rombo da Previdência por conta disso. O sistema de seguridade social não é feito para ter superávit e, muito menos, déficit. Você não pode aceitar uma contribuição sem ter a contrapartida do benefício" , explica.

Entre as centrais sindicais prevalece a mesma lógica. "Essa é uma conversa pouco séria por parte dos agentes do governo. A Previdência, se você somar a contribuição dos empresários e dos trabalhadores da iniciativa privada, é superavitária, sustentável a longo prazo" , pontua Claudir Antonio Nespoto, presidente da CUT/RS, dizendo que o problema é de gestão. "Os constituintes brasileiros destinaram à população benefícios justos, como o auxílio para crianças deficientes e aposentadoria ao trabalhador rural, só que tudo sai da contribuição dos assalariados da iniciativa privada e da contribuição empresarial. O governo, no decorrer dos anos, não cumpriu a sua parte que era repassar à Previdência os custos desses setores", defende.

Autor: JORNAL DO COMÉRCIO

Envolvidos em massacre vão a julgamento


Extraído de: Âmbito Jurídico  - 15 de Abril de 2013


Menos de um ano após ser incluído no programa Justiça Plena, da Corregedoria Nacional de Justiça, o primeiro grupo de policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru começa a ser julgado em São Paulo. O primeiro dos quatro julgamentos previstos para o caso começa nesta segunda-feira (15/4), depois de ter sido adiado, no último dia 8, devido a uma indisposição de uma das juradas.

A demora no julgamento atribuída ao elevado número de réus e à ampla gama de recursos apresentados pelos acusados levou o processo a ser incluído no programa Justiça Plena em 28 de maio de 2012. Ainda no ano passado, a Corregedoria Nacional de Justiça chegou a enviar ofício ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao então secretário de Segurança Pública paulista, Antônio Ferreira Pinto, em que pede o auxílio do governo estadual para que as perícias necessárias fossem feitas de forma célere. O programa Justiça Plena monitora e dá transparência ao andamento de processos de grande repercussão social.

A partir da inclusão no Justiça Plena, o processo passou a ser monitorado também pela Corregedoria de Justiça do Estado de São Paulo, que envia informações sobre o trâmite do processo mensalmente à Corregedoria Nacional de Justiça.

O massacre teve origem com uma briga entre dois detentos de facções diferentes, na área externa do Pavilhão 9 da Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo/SP. Em pouco tempo, a briga se espalhou pelo presídio e transformou-se em uma rebelião que resultou na morte de 111 presos.

O caso, ocorrido em 2 de outubro de 1992, tramitava na Justiça desde março de 1993 e chegou a ser levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para responsabilização do Estado brasileiro pela violação dos direitos humanos e pela lentidão na prestação jurisdicional.

Dos 330 policiais militares que participaram da operação, 103 foram denunciados pelo Ministério Público. Destes, 24 morreram desde o oferecimento da denúncia e 79 começam agora a ser julgados. Desde o massacre, apenas o coronel Ubiratan Guimarães foi julgado, tendo sido condenado, em 2001, a 632 anos de prisão. O júri, no entanto, foi anulado em 2006 por desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). Meses depois da absolvição, o coronel foi morto a tiros no apartamento onde morava, em São Paulo/SP. Carla Cepollina, namorada do coronel à época, foi acusada de ter cometido o crime, mas foi absolvida da acusação.

Devido ao elevado número de réus, o juiz do processo, José Marzagão, decidiu dividir o julgamento em quarto partes, levando em conta a ordem da denúncia feita pelo Ministério Público. No julgamento que começa nesta segunda-feira, 26 policiais serão julgados pela morte de 15 presos.

Tatiane Freire

Empresa aérea é condenado por overbooking


Extraído de: Jornal da Ordem - Rio Grande do Sul  - 15 de Abril de 2013


Segundo o relator, o caso pode ser enquadrado no CPC e portanto, qualquer contrato de transporte, tem a obrigação de respeitar os horários e percursos contratados.

A VRG Linhas aéreas foi condenada a indenizar em R$ 7 mil, por danos morais, uma passageira que não conseguiu embarcar em seu voo devido ao overbooking. A decisão foi proferida pela 12ª Câmara Cível do TJMG.

No caso, a autora entrou com ação contra a empresa por não ter conseguido embarcar em voo que saia de Montes Claros, porque na fila havia mais pessoas do que a lotação permitida do avião.

Em primeira instância o pedido foi negado, pois o juiz julgador considerou que a culpa foi da autora, pois ela chegou atrasado para fazer o check-in. Segundo as testemunhas, quando W.A.R e outros passageiros chegaram ao aeroporto, o guichê da companhia sequer estava aberto.

Inconformada, a autora apelou da decisão. De acordo com o relato no TJMG, desembargador Domingos Coelho, o motivo do não embarque da autora é de culpa exclusiva da companhia, uma vez que o único motivo da passageira, ora recorrente, não ter embarcado foi o overbooking.

No entendimento do desembargador, "o fornecimento de transportes em geral é atividade abrangida pelo Código de Defesa do Consumidor, por constituir modalidade de prestação de serviços". Segundo ele, qualquer contrato de transporte, tem a obrigação de respeitar os horários e percursos contratados. Assim, o transportador assume uma obrigação de resultado: transportar os passageiros sãos e salvos e suas bagagens e mercadorias sem avarias ao seu destino.

Domingos Coelho entendeu ainda que "a lotação do vôo com venda de bilhetes em número superior ao de assentos, somada ao descaso e ausência de assistência à apelante, provocaram transtornos e angústias que excederam o mero dissabor ou contrariedade, importando em dano moral indenizável, tendo a indenização caráter mais punitivo do que compensatório.

Fonte: TJMG

Câmara analisa a PEC da Defensoria Pública


Extraído de: Defensoria Pública do Pará  - 15 de Abril de 2013


Proposta fixa em oito anos prazo para que se organize a estrutura gratuita de defesa ao cidadão

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 247/13), que fixa em oito anos o prazo para que as defensorias públicas da União, dos estados e do Distrito Federal se organizem e contem com defensores públicos em todas as unidades jurisdicionais, será analisada por comissão especial da Câmara. A comissão deverá ser criada pelo presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A admissibilidade da PEC foi aprovada nesta semana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A PEC estabelece que a Defensoria Pública "é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados".

Na justificativa, os autores afirmam que a Defensoria Pública visa a garantir ao cidadão em situação de vulnerabilidade acesso à Justiça, por meio de serviços inteiramente gratuitos e de qualidade. Argumentam, ainda, que passadas mais de duas décadas de inclusão na Constituição, a Defensoria Pública ainda não está instalada em todos os estados. Em alguns casos, sequer o primeiro concurso público para defensor foi iniciado, diz o texto.

Relator da PEC na CCJ, o deputado Luiz Couto (PT-PB), disse que a proposta contribui para que o Estado brasileiro cumpra o papel de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Fonte: www.bemparana.com.br

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Senado francês aprova projeto sobre casamento gay


O Senado francês votou nesta sexta-feira (12/4) a favor de legalizar a união homoafetiva e a adoção de crianças por casais homossexuais. A expectativa é que o projeto, com a decisão dos senadores, se torne lei até o meio do ano. A maioria dos pontos aprovados na Câmara também teve sinal verde do Senado. Pelas regras, as duas casas legislativas devem fazer nova leitura da matéria.

Os opositores são, principalmente, conservadores e alas católicas da Câmara. Já o grupo socialista, ligado ao presidente François Hollande, é entusiasta da iniciativa. De acordo com a ministra da Justiça do país, Christine Taubira, a norma faz com que as crianças que vivem com pais do mesmo sexo tenham proteções similares às dos filhos de casais heterossexuais. Os direitos homoafetivos estão entre as principais bandeiras do governo socialista.

As últimas pesquisas de opinião revelam que pouco mais da metade dos franceses defende o casamento gay. O apoio recua, no entanto, quando se trata da adoção de crianças, por exemplo. Está marcada para 26 de maio um novo protesto contra o casamento homossexual na França, organizado por grupos conservadores. 

Fonte: Revista Consultor Jurídico

Petrobrás Distribuidora é condenada a pagar R$ 3 milhões por terceirização ilegal


Extraído de: Agência Brasil  - 12 de Abril de 2013


Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas reformou decisão anterior e condenou a Petrobrás Distribuidora (BR) a pagar multa de R$ 3 milhões por terceirização ilegal. Para reparar os danos morais causados à sociedade, o tribunal determinou que a empresa deverá destinar o dinheiro ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Além da multa, o TRT condenou a BR a encerrar a terceirização em todos os seus estabelecimentos no território nacional, com a obrigação de contratar, a partir de agora, apenas empregados aprovados em concurso público para exercer atividade fim. As informações são do Ministério Público do Trabalho, que ajuizou a ação em dezembro de 2011.

De acordo com a decisão, do último dia 2, a distribuidora tem 12 meses para encerrar os contratos de terceirização, sob pena de multa de R$ 10 mil por dia, multiplicada pelo número de trabalhadores em situação irregular.

Em nota, a BR informou que irá recorrer da decisão do tribunal. Em caso semelhante, o TRT da 4ª Região [Porto Alegre] proferiu há cerca de um ano decisão a favor da legitimidade dos contratos de serviços da companhia.

Edição: Aécio Amado

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ministro da Justiça diz que redução da maioridade penal é inconstitucional


Extraído de: Agência Brasil  - 11 de Abril de 2013


Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (11), em São Paulo, que o seu ministério é contra a diminuição da maioridade penal. Segundo Cardozo, no seu entendimento, a redução é inconstitucional. A redução da maioridade penal não é possível, a meu ver, pela Constituição Federal. O Ministério da Justiça tem uma posição contrária à redução, inclusive porque é inconstitucional. Em relação a outras propostas, eu vou me reservar o direito de analisá-las após o seu envio, disse, após participar esta tarde de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sobre programas federais de segurança.

A ideia de mudanças na maioridade penal foi proposta hoje pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Ele declarou que pretende enviar ao Congresso Nacional um projeto para tornar mais rígido o Estatuto da Criança e do Adolescente. A proposta do governador é que adolescentes que tenham cometido crimes e tenham completado 18 anos não fiquem mais na Fundação Casa. O governador também defendeu penas maiores para os crimes graves ou reincidentes.

Alckmin se manifestou sobre o assunto ao ser perguntado pelos jornalistas sobre a morte de um jovem em um assalto quando chegava ao prédio onde morava, na zona leste da capital. O estudante Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto na terça-feira (16). A polícia suspeita que o crime tenha sido cometido por um adolescente de 17 anos.

O ministro da Justiça disse, em entrevista à imprensa, que ainda pretende conhecer a proposta do governador de São Paulo sobre a redução da maioridade penal. Ele também falou que não entende que o menor, que cumpre pena, tenha que ser encaminhado para um presídio em vez da Fundação Casa. Temos uma situação carcerária no Brasil que, vamos ser sinceros, temos verdadeiras escolas de criminalidade em muitos presídios brasileiros. Há exceções, mas temos situações carcerárias que faz com que certos presos lá adentrem e, em vez de saírem de lá recuperados, saem vinculados a organizações criminosas. Toda essa situação tem que ser cuidadosamente pensada e analisada, disse.

Edição: Aécio Amado

Réus do mensalão ganham perdão judicial por delação premiada


Extraído de: POP News  - 11 de Abril de 2013


O STF julgou o processo no ano passado

Dois réus acusados de participar do esquema do mensalão receberam o perdão da Justiça Federal por terem colaborado com as investigações através da delação premiada. Lucio Bolonha Funaro e José Carlos Batista eram acusados dos crimes de lavagem de dinheiro contra a administração pública e contra o sistema financeiro nacional.

Funaro e Batista são sócios na Guaranhuns Empreendimentos e foram apontados por usarem a empresa no esquema de repasse de dinheiro do valerioduto a parlamentares do antigo PL (atual PR). Eles não foram incluídos no processo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os réus, associados a Valdemar Costa Neto, Jacinto Lamas e Antonio Lamas, criaram uma estrutura criminosa voltada à ocultação, dissimulação e movimentação de recursos oriundos de crimes contra a administração pública.

O juiz Márcio Ferro Catapani reconheceu a existência dos crimes, mas beneficiou ambos pela delação. Funaro firmou acordo com o MPF, fornecendo documentos de transações e informações de sua empresa, que ajudaram nas investigações de outros delitos.

Uruguai se torna 2º a aprovar casamento gay na América do Sul


Extraído de: Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do E...  - 11 de Abril de 2013


Lei uruguaia passou pela segunda vez pela Câmara dos Deputados.

Por 71 votos a favor e 21 contra, a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou nesta quarta-feira o "matrimônio igualitário" no país, equiparando o casamento entre homossexuais e heterossexuais. O texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente José Mujica, que já se pronunciou a favor da medida.

A nova lei determina que "o matrimônio civil é a união permanente de duas pessoas de sexos diferentes ou iguais".

O Uruguai é o segundo país na América do Sul a permitir legalmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Argentina foi a primeira da região a aprovar uma lei semelhante, em 2010.

Na América Latina, a Cidade do México autorizou casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2009.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal reconheceu em 2011 a união estável entre casais homossexuais. No Estado de São Paulo, desde março cartórios deixaram de exigir autorização judicial para oficializar uniões civis homossexuais. Estados como Bahia, Alagoas, Paraná, Mato Grosso do Sul, Piauí, Sergipe e Ceará têm normativas similares.

A lei uruguaia aprovada nesta quarta também estabelece outras mudanças no código civil, como o fim da obrigatoriedade de que o sobrenome paterno anteceda o materno no registro dos nomes dos filhos de um casal.

Tanto no caso de uniões heterossexuais como homossexuais, a nova lei determina que a ordem dos sobrenomes dos filhos obedece somente à vontade de seus pais. Foram equiparados, ainda, deveres e direitos quanto a situações como divórcio, pagamento de pensão alimentícia, filiação e separação de bens.

"Com essa lei, o que se reconhece é o olhar de uma sociedade heterogênea, onde não se determina quais corpos são os corretos, onde não há uma leitura homogeneizante", disse à BBC Brasil a advogada Michelle Suárez, redatora da lei e integrante do grupo Ovelhas Negras, ONG de defesa dos direitos da comunidade LGBT no Uruguai.

Na semana passada, o projeto passou pelo Senado com ampla maioria (23 votos a favor e 8 contra). Apesar de já ter sido votado favoravelmente pela Câmara no ano passado (por 81 votos a 6), teve de voltar aos deputados por causa de modificações feitas pelos senadores.

Aborto

Em comunicado difundido nesta semana, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal do Uruguai afirmou que, assim como o aborto (descriminalizado no país há quase seis meses), a lei de matrimônio igualitário seria "um novo retrocesso" para o ordenamento jurídico do país, "que fundou sua existência no respeito e na defesa da instituição familiar, base constitucional da nossa sociedade".

Os bispos citaram também declarações do então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio -hoje papa Francisco- quando projeto de lei semelhante estava prestes a ser votado na Argentina. "Está em jogo uma negação frontal à lei de Deus", escreveu, em 22 de junho de 2010.

Em outubro do ano passado, o Uruguai aprovou lei que determina a legalidade da interrupção voluntária da gravidez até a 12ª semana de gestação.

Também estabelece que a mulher que deseja abortar deve passar por um médico e por uma comissão formada por psicólogos, ginecologistas e assistentes sociais para receber assessoria sobre a sua decisão e para que passe posteriormente a uma fase de "reflexão" de cinco dias, antes de realizar o procedimento em centros de saúde públicos ou particulares.

Em 2008, um projeto semelhante foi vetado pelo então presidente Tabaré Vázquez, o primeiro mandatário de esquerda a ocupar a Presidência do país. No ano passado, o aborto voltou novamente a ser discutido, e o atual presidente uruguaio, José Mujica, avisou que não iria vetar a decisão que saísse do Congresso.

Maconha em discussão

Além do aborto e do matrimônio gay, a sociedade uruguaia também vem discutindo a legalização da venda e do autocultivo da maconha no país. O consumo pessoal não é penalizado.

Uma das propostas que mais ganhou atenção dentro e fora do país, a de que o Estado regule a produção e a venda da cannabis, partiu do próprio Mujica. O projeto está à espera de votação.

Entre outras disposições, a proposta estabelece a criação de um cartão com códigos pessoais para que os consumidores da droga possam comprá-la do Estado, e que o governo possa, dessa maneira, controlar a comercialização. O Estado venderia cerca de 40 gramas de maconha a 700 pesos (aproximadamente R$ 70).

A expectativa da Frente Ampla, que precisa de maioria absoluta dentro da coalizão para que a proposta passe na Câmara dos Deputados e no Senado, é conseguir adesão total de seus parlamentares para que seja aprovada ainda este ano.

Para Suárez, a conjunção de "um ambiente político favorável" e da existência de grupos que apresentam "demandas com propostas amadurecidas" está fazendo com que o Uruguai "avance significativamente em matéria de direitos civis".

Autor: Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Trabalhador pode entrar com ação na Justiça sem advogado; saiba como fazer


Marcelle Souza
Do UOL, em São Paulo

O empregado que deseja entrar com uma ação trabalhista não precisa ter um advogado para fazer valer os seus direitos. Prevista na CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) desde 1943, a possibilidade ainda é desconhecida de boa parte dos trabalhadores e tem gerado debate entre diferentes atores da Justiça do Trabalho.

A juíza Ieda Regina Alineri Pauli, responsável pelo setor de reclamações verbais do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em São Paulo, explica que cerca de 70 pessoas são atendidas por dia no setor de reclamações verbais do Fórum Ruy Barbosa, localizado na Barra Funda. Desse total de atendimentos, apenas 10% viram ações, já que parte dos trabalhadores busca apenas informações sobre como funciona o processo.

Apesar de valer em todo o país, a possibilidade é questionada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que defende a extinção das reclamações trabalhistas sem advogados. Entre os advogados, o entendimento é de que ações sem um defensor acabam sendo desiguais e geram prejuízos econômicos para o trabalhador, que, em geral, tem pouco conhecimento da legislação e das jurisprudências específicas.

“Diante da complexidade da legislação trabalhista e da processual, é praticamente impossível hoje um trabalhador leigo ter condições de pleitear diretamente os seus direitos na Justiça do Trabalho”, afirma o advogado Eli Alves da Silva, que é presidente da Comissão de Direito Trabalhista da OAB.

Para a juíza, porém, retirar essa possibilidade do trabalhador seria um retrocesso. “Acredito que a Justiça tem que estar à disposição do cidadão e não restringir uma medida tão positiva”, afirma.

A magistrada argumenta ainda que a possibilidade vale não só para o empregado, como também para o empregador, e que a medida deveria ser ampliada e não banida. “No meu entendimento, o preceito na Constituição [da indispensabilidade do advogado] não conflita com a CLT”, diz.

Publicada em 1º de maio de 1943, a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada para regular as relação trabalhistas no Brasil


“Alguém poderia dizer que isso é uma postura corporativa dos advogados, mas não é isso. Quando você vai fazer um investimento na construção civil, busca um engenheiro ou um arquiteto; quando tem um problema de saúde, busca um médico; quando tem um problema jurídico, deve procurar um profissional que esteja preparado para atender e reivindicar os seus direitos”, afirma o representante da OAB.

Como esses processos sem advogados tramitam como outro qualquer na Justiça, não há um levantamento sobre quais são os resultados dessas ações.

Saiba como fazer

Discussões à parte, o trabalhador que deseja fazer uma reclamação trabalhista deve procurar a Vara do Trabalho mais próxima. É preciso levar uma série de documentos (veja a relação completa no infográfico), entre eles RG, CPF, carteira de trabalho e comprovantes da relação trabalhista.

Os acordos e as convenções coletivas, que devem ser anexados, normalmente são disponibilizados na internet ou podem ser consultados no sindicato da categoria.

No setor de reclamações verbais, os servidores transformam o material do trabalhador em uma petição e a ação é distribuída para uma vara. O processo segue o caminho de qualquer outro, mas a qualquer momento é possível nomear um defensor para atuar no caso.

A medida, recomendam especialistas, é mais eficaz em casos que podem ser resolvidos em acordos em primeira instância, já que os recursos em tribunais superiores podem inviabilizar a condução do processo sem um advogado.


Fonte: UOL