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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Declarações de Palocci não surtem efeito e pressão cresce

Extraído de: O Povo  - 07 de Junho de 2011

A Força Sindical, que é ligada ao PDT, chegou até a divulgar nota pedindo o "afastamento imediato" do ministro-chefe da Casa Civil

As explicações dadas pelo ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na última sexta-feira em entrevistas ao jornal Folha de S.Paulo e ao Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, não reduziram a pressão para que ele deixe o governo. Partidos ligados à base da presidente Dilma Rousseff (PT) reforçaram a ideia de que o ministro deve se afastar do governo até que as suspeitas envolvendo o crescimento de seu patrimônio sejam esclarecidas.

A Força Sindical, central ligada ao governista PDT, divulgou ontem pedindo o afastamento imediato de Antonio Palocci. O documento é assinado pelo presidente da central sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que protagonizou forte embate com o governo durante a votação do salário mínimo pelo Congresso e que durante a atual crise já havia dado declarações pessoais defendendo a saída do ministro.

As tentativas de esclarecimento do ministro da Casa Civil, apenas para cumprir formalidades, não foram suficientes para arrefecer o desgaste a que vem sendo submetido o braço direito da atual presidenta, diz a nota.

Já o PCdoB, em nota publicada no fim de semana em seu site oficial, exige do governo uma resolução rápida do que chamou de crise Palocci, em referência à multiplicação de patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil enquanto foi deputado federal e manteve uma consultoria privada.

Segundo o texto, publicado após a 7ª plenária do Comitê Central do Partido, realizada nos dias 4 e 5, essa seria a maneira mais rápida de voltar a fortalecer o governo Dilma.

O PCdoB afirma que, logo após superar com êxito os 100 primeiros dias de governo, a presidente agora enfrenta sua primeira crise e, há três semanas, encontra-se paralisado e sob uma saraivada de ataques.

Também integrante da base de apoio da presidente Dilma, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) anunciou ontem que vai assinar o pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Palocci. Com a adesão da senadora, a oposição conseguiu reunir até agora 20 das 27 assinaturas para que a comissão seja instalada. (das agências)

Por quê

Entenda a notícia

O jornal Folha de S.Paulo revelou em 15 de maio que Palocci multiplicou seu patrimônio 20 vezes nos últimos quatro anos. Só em 2010, ele faturou R$ 20 milhões com uma empresa de consultoria, a Projeto.

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