Extraído de: Reuters Brasil - 22 de Julho de 2011
BELGRADO (Reuters) - A Sérvia extraditou na sexta-feira o último membro da etnia sérvia procurado pelo tribunal especial da ONU para a ex-Iugoslávia, em Haia, num momento simbólico para o fim do isolamento de Belgrado na comunidade internacional e a sua adesão à União Europeia.
Uma comitiva policial levou Goran Hadzic, ex-líder dos sérvios da Croácia, para o aeroporto de Belgrado, onde ele foi colocado num avião para Haia. No tribunal, ele responderá por acusações de crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra de independência da Croácia (1991-1995).
A prisão de todos os procurados por crimes de guerra era uma pré-condição da União Europeia para aceitar formalmente a Sérvia como candidata a aderir ao bloco continental.
Figura menos conhecida nas guerras da década de 1990 nos Bálcãs, Hadzic passou sete anos foragido até ser detido na quarta-feira. Meses atrás, a Sérvia já havia prendido outro foragido relevante, o servo-bósnio Ratko Mladic.
"Este é um fato simbólico para a Sérvia. Fecha esta página extremamente pesada, e o tribunal muito em breve irá deixar de ser uma questão importante", disse o analista Zoran Dragisic, do Instituto Internacional para a Segurança, de Belgrado.
"A prisão de Mladic foi um momento histórico. Hadzic era uma figura protocolar e um personagem insignificante, e teve a pura sorte de ter sido o último fugitivo."
Hadzic foi preso numa estrada nos arredores da floresta nacional de Fruska Gora, 65 quilômetros ao norte da capital.
Sua mulher e seu filho o visitaram na quinta-feira, e na sexta-feira ele recebeu uma mulher com uma filha que ele teve quando foragido, segundo testemunhas no tribunal.
Antes da partida, as autoridades também permitiram que Hadzic visitasse sua mãe, doente, que vive na segunda maior cidade da Sérvia.
Ao contrário da reação popular ocorrida na Sérvia há três anos, quando da prisão do líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, desta vez poucos sérvios lamentaram a captura de Hadzic.
Um site local ironizou isso publicando uma foto com alguns pedestres caminhando normalmente na praça principal de Belgrado, sob a legenda: "Sérvios protestam contra a prisão de Goran Hadzic na praça da República."
(Reportagem de Aleksandar Vasovic e Adam Tanner)
Autor: (Reportagem de Aleksandar Vasovic e Adam Tanner)
BELGRADO (Reuters) - A Sérvia extraditou na sexta-feira o último membro da etnia sérvia procurado pelo tribunal especial da ONU para a ex-Iugoslávia, em Haia, num momento simbólico para o fim do isolamento de Belgrado na comunidade internacional e a sua adesão à União Europeia.
Uma comitiva policial levou Goran Hadzic, ex-líder dos sérvios da Croácia, para o aeroporto de Belgrado, onde ele foi colocado num avião para Haia. No tribunal, ele responderá por acusações de crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra de independência da Croácia (1991-1995).
A prisão de todos os procurados por crimes de guerra era uma pré-condição da União Europeia para aceitar formalmente a Sérvia como candidata a aderir ao bloco continental.
Figura menos conhecida nas guerras da década de 1990 nos Bálcãs, Hadzic passou sete anos foragido até ser detido na quarta-feira. Meses atrás, a Sérvia já havia prendido outro foragido relevante, o servo-bósnio Ratko Mladic.
"Este é um fato simbólico para a Sérvia. Fecha esta página extremamente pesada, e o tribunal muito em breve irá deixar de ser uma questão importante", disse o analista Zoran Dragisic, do Instituto Internacional para a Segurança, de Belgrado.
"A prisão de Mladic foi um momento histórico. Hadzic era uma figura protocolar e um personagem insignificante, e teve a pura sorte de ter sido o último fugitivo."
Hadzic foi preso numa estrada nos arredores da floresta nacional de Fruska Gora, 65 quilômetros ao norte da capital.
Sua mulher e seu filho o visitaram na quinta-feira, e na sexta-feira ele recebeu uma mulher com uma filha que ele teve quando foragido, segundo testemunhas no tribunal.
Antes da partida, as autoridades também permitiram que Hadzic visitasse sua mãe, doente, que vive na segunda maior cidade da Sérvia.
Ao contrário da reação popular ocorrida na Sérvia há três anos, quando da prisão do líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic, desta vez poucos sérvios lamentaram a captura de Hadzic.
Um site local ironizou isso publicando uma foto com alguns pedestres caminhando normalmente na praça principal de Belgrado, sob a legenda: "Sérvios protestam contra a prisão de Goran Hadzic na praça da República."
(Reportagem de Aleksandar Vasovic e Adam Tanner)
Autor: (Reportagem de Aleksandar Vasovic e Adam Tanner)
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