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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Senadores iniciam mobilização por CPI para investigar relação de Cachoeira com parlamentares

Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília 

Depois do anúncio do líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA) via Twitter, a ideia de se criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) começou a gerar uma mobilização entre os poucos parlamentares presentes nesta segunda-feira (9) --pós-feriado no Congresso. O mote da CPI será a relação entre o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

“Para que o Senado possa contribuir com o processo de apuração, nós queremos ver essa documentação (...). A CPI é o único instrumento de que o Senado dispõe para contribuir com o processo", avaliou o líder em entrevista por telefone.

O anúncio --de que o STF não encaminhará ao Conselho todas as informações sobre a Operação Monte Carlo, que levou Cachoeira à prisão-- fez com que os senadores se mobilizassem, pois apenas a CPI teria prerrogativas constitucionais para receber o material que é sigiloso. Diante disso, o Conselho de Ética fica fragilizado em relação à quantidade de provas para analisar o caso de ajuda mútua entre o parlamentar e o contraventor em Goiás e no Distrito Federal.

Pelo Twitter, o senador havia explicado que este era o motivo da iniciativa.


Dentre os senadores presentes no Senado hoje, a proposta foi bem recebida e será elaborada em uma parceria entre Pinheiro e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT).

Dentre os senadores presentes no Senado hoje, a proposta foi bem recebida e será elaborada em uma parceria entre Pinheiro e os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT).

Rodrigues já é o autor do pedido de abertura de processo de quebra de decoro parlamentar contra Demóstenes Torres no Conselho de Ética do Senado.

Taques defende ainda que a CPI seja mista, ou seja, inclua senadores e deputados. Isso porque, além de Demóstenes Torres, há, até o momento, quatro deputados federais citados nos grampos vazados de conversas telefônicas com o bicheiro, Carlos Cahoeira. São eles: Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Leonardo Vilela (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). "Resta ao Senado cumprir sua determinção, por isso defendemos que a CPI seja conjunta com a Câmara", afirmou Taques.

Para a abertura da comissão são necessárias as assinaturas de um terço dos parlamentares de cada Casa: 27 senadores e 171 deputados.  Além de Pinheiro, Rodrigues e Taques, os senadores Alvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia (PP-RS) e Pedro Simon (PMDB-RS) já anunciaram que, uma vez apresentado o documento de abertura da CPI, eles irão assiná-lo.

Fonte: Portal UOL

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