Pesquisar este blog

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Irã confirma pena de morte para criador de site usado para compartilhar pornografia

Do UOL, em São Paulo
 
Saeed Malekpour, iraniano residente no Canadá desde 2004, foi condenado à morte no país de origem após criar site
Saeed Malekpour, iraniano residente no Canadá desde 2004, foi condenado à morte no país de origem após criar site
A Suprema Corte do Irã sentenciou à morte para um cidadão do país residente no Canadá, acusado de criar um site que permitia o compartilhamento de conteúdo pornográfico. A pena havia sido anulada em 2011, mas foi restabelecida neste mês. As informações são da “AFP”.
A pena de morte para Saeed Malekpour havia sido anulada quando o governo canadense protestou contra o veredicto. A informação foi passada a Shadi Sadr, advogado do grupo “Justiça para o Irã”, pela irmã do condenado.
“Conversei com a irmã dele dois dias atrás e ela disse que a pena foi confirmada por uma das divisões da Suprema Corte. Ele pode ser executado a qualquer momento a partir de agora”, explicou.
Malekepour tem 36 anos e é desenvolvedor de programas para computador. Em dezembro de 2010, ele foi considerado culpado por desenhar e moderar sites de conteúdo adulto, agitação contra o governo e insulto a santidade do Islã e recebeu a pena de morte. A pena foi anulada em junho de 2011 a pedido do governo do Canadá, onde Malekpour reside desde 2004.
Uma página no Facebook foi criada para apoiar a campanha de libertação de Malekepour.
Ao visitar o Irã em 2008, para se encontrar com o pai à beira da morte, Malekepour foi preso. Ao contrário do que alega o governo do país, a defesa do iraniano afirma que ele criado um serviço de compartilhamento de fotos na internet. Sem o seu conhecimento, o site era utilizado para a difusão de conteúdo pornográfico.
Ann Harrison, representante da Anistia Internacional, frisa que a decisão da Suprema Corte é uma demonstração da repressão do Irã a blogueiros e usuários de internet.
“Ao confirmar a sentença à morte de Saeed Malekpour depois de um julgamento injusto, as autoridades iranianas estão mandando uma mensagem aos cidadãos do país que eles não podem se expressar livremente, ou ajudar outros a fazerem isso, inclusive na internet.”

Fonte: Portal UOL
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário