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sexta-feira, 15 de março de 2013

Mizael Bispo é condenado a 20 anos pelo assassinato de Mércia


Extraído de: Associação do Ministério Público de Minas Gerais  - 15 de Março de 2013


Crime aconteceu em 2010, em Nazaré Paulista (SP). O advogado alega inocência e entrará com recurso contra a sentença

Ao pronunciar a decisão, nesta quinta-feira (14), o juiz Leandro Bittencourt Cano disse que o crime teve como agravante motivo torpe, fútil, por insatisfação após o fim do relacionamento. Segundo ele, não se tratava de "amor", mas "delírio de posse". "Sentimento amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse que faz sofrer." O juiz afirmou ainda que o réu demonstrou "insensibilidade" e conduta "desprezível e repugnante".

O crime aconteceu em uma represa em Nazaré Paulista, interior de São Paulo, no dia 23 de maio de 2010. Mércia havia desaparecido em Guarulhos. Seu carro foi encontrado na represa no dia 10 de junho, e seu corpo, um dia depois no mesmo local. Mércia foi baleada de raspão no rosto e nas mãos e morreu afogada.

De acordo com a acusação, o vigia Evandro Bezerra Silva também participou do crime. Ele responde por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), mas só será levado a julgamento popular no dia 29 de julho. Ele já deu quatro versões diferentes para o caso. Na mais recente, diz que foi buscar Mizael na represa, mas não sabia que o advogado havia matado Mércia.

Mizael, hoje com 43 anos, está preso preventivamente desde o dia 24 de fevereiro de 2012. Ele alegou inocência e sua defesa já apelou contra a sentença lida hoje. O advogado Samir Haddad Júnior, um dos três defensores de Mizael, classificou o julgamento do seu cliente como "um dos maiores erros judiciários do país". "Já apelamos, (a apelação) vai para o Tribunal de Justiça. Vamos recorrer, sem dúvida". O objetivo é conseguir a redução de pena.

O julgamento durou quatro dias, no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, e teve transmissão ao vivo pelo rádio e pela internet. Nove pessoas foram ouvidas: cinco de acusação, três de defesa e um perito designado pelo juiz. O júri foi composto por cinco mulheres e dois homens. (Estadão/Epoca)

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