Ao fundo do poço pelo crack
Archimedes Marques. Delegado de Polícia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública
Não
há outra droga que produza um declínio físico e mental maior para o seu
usuário quanto o crack. O poder sobrenatural do crack é simplesmente
horripilante e avassalador. Crack e desgraça são indissociáveis e quase
palavras sinônimas. Relatos dos seus usuários e familiares, fatos
policias diários e opiniões de especialistas sobre os efeitos e as
conseqüências nefastas da droga podem ser resumidos em três palavras tão
básicas quanto contundentes: sofrimento, degradação e morte.
As
ocorrências no terreno familiar, social e criminal vão caminhando
sempre em largas vertentes para dias piores. A vida vivida pelos
envolvidos com o vício do crack parece sempre transpor os inimagináveis
pesadelos.
Lançando
um olhar no passado, o viciado, vê o rumo errado que tomou, mas
dificilmente tem força de voltar atrás. Olhando ao futuro somente se lhe
afigura a tumba, no entanto continua caminhando em sua direção. O seu
presente é só o crack e, esse mal passa a ser o senhor do seu viver, o
seu real transformador do bem para o mal, o destruidor da sua família, o
aniquilador do seu bem maior.
O
crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus
familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda
espécie na sua trajetória maligna.
O
Brasil assistiu recentemente com imensa tristeza e pesar uma reportagem
televisiva em que crianças recém nascidas de mães viciadas em crack,
são também barbaramente atingidas pelos efeitos nefastos da droga.
Nascem como se viciadas fossem, com crises de abstinências, com
compulsão à droga, tremores, calafrios e com problemas físicos diversos,
principalmente com lesões no cérebro que provavelmente os levarão às
demências ou a outros tipos de problemas inerentes, ou seja, uma nova
geração de vítimas do crack sem sequer ter consumido a droga por vontade
própria. A maioria das mães drogadas também perde o instinto materno e
termina doando os seus filhos debilitados.
A
dimensão da tragédia do crack é difundida nos diversos Estados da Nação
através de reportagens jornalísticas que comprovam o retrato devastador
em todos os lugares possíveis e imagináveis aonde chegou o filho mortal
da cocaína. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e
lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona
rural...
Não
bastassem os tristes casos sociais, casos de saúde e os casos criminais
diversos envolvendo essa droga avassaladora vividos por uma grande
parcela da população brasileira, agora apareceu mais um melancólico
caso. Um deprimente e desolador caso em que a mãe trocou a virgindade da
sua própria filha de pouco mais de 10 anos de idade por algumas pedras
de crack. Entregou a sua filhinha para uma monstruosidade sem
precedência. Entregou a inocência de uma criança para um estuprador
macabro, desalmado e cruel que também era um traficante de crack. O
símbolo do amor puro que está no amor de mãe se rendeu ao poderoso
crack.
Uma
mãe viciada, na histórica cidade de São Cristovão, primeira capital do
pequeno, mas bonito e aprazível Estado de Sergipe acabou por ceder a
inocência da sua própria filha, uma garotinha que migrava dos 10 para os
11 anos de idade para um desumano estuprador-traficante de drogas no
sentido de que o mesmo saciasse a sua frieza sexual animalesca, em troca
de algumas pedras de crack.
O
crack agora é capaz também de transpor, de matar o amor de mãe, que é o
mais precioso, o mais profundo, o mais verdadeiro, o mais ardoroso, o
mais fervoroso amor que pode existir.
Este
impulso sentimental que é o mais sublime dos amores foi superado pela
força sobrenatural do crack e, ao invés de confortar, destruiu,
degradou, sobretudo desvirtuou o sentido real do amor que aquela mãe
tinha pela sua filha. O amor de mãe que não tem ganância, não tem
egoísmo, não tem orgulho, não tem o sentido de posse, não tem o
princípio de fomentar a maldade e a ignorância do bem, que busca a
simplicidade, a humildade e abnegação acima de todas as coisas da
matéria foi de tudo ultrajado pelo crack.
É
realmente uma triste, trágica e inconcebível realidade ocorrida naquele
município que contrasta com o seu povo pacato e ordeiro. É o fundo do
poço pelo crack...
Olá, blogueiro (a),
ResponderExcluirSalvar vidas por meio da palavra. Isso é possível. Obrigado por seu apoio na luta contra o crack e outras drogas. O consumo aumentou e é preciso união de todos. O crack traz malefícios ao usuário, família e sociedade e atinge a todos independentemente do sexo, cor e classe social.
Divulgue mais informações sobre a droga: http://bit.ly/bDGqGz
Conheça os CAPS que estão espalhados em vários lugares do país para prestar auxílio aos dependentes: http://migre.me/2qkFl
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Mais informações: comunicacao@saude.gov.br
Obrigado,
Ministério da Saúde
Obrigado pela mensagem blogueiro (a) do Ministério da Saúde. Valeu pela dica e pelas informações prestadas. Sempre que possível vou estar postando no Blog novas informações sobre o "crack" e outras drogas. Um abraço e fique com Deus.
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