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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mensalão está 'maduro' para ser julgado, diz presidente do STF

Extraído de: Vote Brasil  - 28 de Maio de 2012


Revista afirmou que Lula pressionou ministro do STF para adiar julgamento. 'O processo está maduro [...]. Chegou a hora de julgar', disse Ayres Britto.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, disse nesta segunda-feira (28), em São Paulo, que o processo do mensalão está "maduro" para ser julgado.

Neste final de semana, a revista "Veja" publicou reportagem segundo a qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sugerido ao ministro Gilmar Mendes, do STF, para ajudar a adiar o julgamento do mensalão em troca de "proteção" nas investigações da CPI do Cachoeira.

"O que a sociedade quer, o que a imprensa quer, é compreensível. É o julgamento do processo, sem predisposição, seja para condenar, seja para absolver. O processo está maduro para ser julgado, chegou a hora de julgar", afirmou Britto, que participou em São Paulo do 5º Congresso da Indústria de Comunicação.

O presidente do Supremo disse esperar que o julgamento aconteça rapidamente, mas afirmou que isso depende do ministro Ricardo Lewandowski, encarregado de fazer a revisão do relatório elaborado pelo ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão. "Já me encontro em fase de logística, de elaboração de cronograma [do julgamento], mas estou na dependência do ministro [Lewandowski]", afirmou.

Ele disse que o ministro Lewandowski não sinalizou se entregaria o processo agora ou se o fará no segundo semestre.

"Rigorosamente não sei [quando ele entregará]. Mas estou preparado para ultimar a logística, a formatação do julgamento, e, tão logo o revisor, o ministro Lewandowski disponibilize o processo para a pauta de julgamento, darei o início. Farei a publicação devida no 'Diário da Justiça' e darei, junto aos outros ministros, início ao julgamento", declarou.

Britto não respondeu se Lula pode ser responsabilizado de alguma forma em razão do episódio com Gilmar Mendes.

"Foi um diálogo protagonizado por três agentes, três pessoas. Dois desses agentes já falaram, falta o terceiro. Aguardemos a fala do terceiro [o ministro Nelson Jobim]. (...) Não tenho como responder por antecipação", declarou.

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