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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Promotoria denuncia 12 por morte de adolescente no Hopi Hari


Extraído de: http://www1.folha.uol.com.br


O Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia (acusação formal) contra 12 pessoas que teriam contribuído para a morte da adolescente Gabriella Yukari Nichimura, 14, que caiu de um brinquedo do parque Hopi Hari em fevereiro.

As pessoas citadas foram denunciados por homicídio culposo (sem intenção), e o Ministério Público pediu o aumento da pena em um terço "pela não observância de regra técnica exigida pela profissão". Caberá à Justiça decidir se aceita a denúncia e, com isso, abre processo contra os envolvidos.

Entre os denunciados estão o presidente do parque, Armando Pereira Filho, e o gerente geral de Manutenção e Projetos, Stefan Fridolin Banholzer.

Movimentação no parque Hopi-Hari na reabertura após a morte de uma adolescente ao despencar de brinquedo

Já o vice-presidente, Cláudio Guimarães, que tinha sido citado no inquérito policial, não foi denunciado porque o promotor Rogério Sanches Cunha entendeu que ele apenas exercia funções comerciais. O técnico em eletricidade Rodolfo Rocha de Aguiar Santos também não foi denunciado porque não teria contribuído para o acidente.

Apesar disso, foram acrescentados mais três nomes à lista de indiciados pela polícia: dois gerentes do parque, Fábio Ferreira da Silva e Flávio da Silva Pereira, e uma operadora da cabine de comando do brinquedo que apresentou defeito, Amanda Cristina Amador.

De acordo com a denúncia houve falhas na implantação do brinquedo e também na operação, descartando qualquer falha mecânica.

Procurado pela Folha, o advogado que representa os funcionários do Hopi Hari não foi encontrado até o fechamento da reportagem. Já Bichir Ale Bichir, advogado do operador do brinquedo La Tour Eiffel Marcos Antônio Leal afirmou que não teve acesso ao relatório da denúncia e assim que o tiver irá preparar a defesa de seu cliente.


ACIDENTE

Nichimura morreu em 24 de fevereiro depois de cair de uma altura de 25 metros do chão no brinquedo La Tour Eiffel, um elevador que despenca em simulação de queda livre. Ela sentou em uma cadeira que deveria estar inoperante e não tinha o sistema de trava acionado.

O parque chegou a ficar fechado por quase 20 dias depois do acidente, mas voltou a operar em 25 de março.

Durante esse período, uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público Estadual realizou vistoria de segurança nos 14 brinquedos considerados mais radicais e também firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Hopi Hari, exigindo melhorias como tradução de manuais e avisos de segurança para o português, além de checagem dupla nas travas de montanhas-russas.

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